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Mostrando postagens de fevereiro 11, 2010

Silhuetas Paulistanas

“Uma ocasião, sentados no sofá, como estávamos, a gola de seu roupão azul abriu-se com um movimento involuntário, deixando ver o contorno nascente de um seio branco e puro, que o meu olhar ávido devorou com ardente voluptuosidade. Acompanhando a direção desse olhar, ela enrubesceu como uma menina e fechou o roupão; mas doce e brandamente, sem nenhuma afetação pretensiosa”. (ALENCAR, de José. Lucíola) D.A.Borges Com curvas que se mesclam a rigidez de tuas calçadas, levas a caminhos de um corpo antes não explorado. Tua grandeza, fruto inóspito de desejos não esclarecidos, esconde, capta, traduz, afeta. Procuro em teus cruzamentos e esquinas o labirinto desvendado por teus desbravadores. Nomes, figuras desconhecidas, histórias talhadas em letras brancas sobre o teu verde, placas sensíveis a olhos atentos, ruborizadas enganam os pincéis e os traços do artista. Como explorariam outros dedos? Como sentiriam tua respiração? Como sentiriam as pontas, pontes clementes, o elo entre a negação irr