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Mostrando postagens de fevereiro 5, 2010

A Flor e as Quatro Pontas

Como se entendesse que aquele fosse o último instante de sua vida procurava intensamente por algo que sabia que havia perdido, porém não conseguia lembrar. Se não lembrar, qual a importância? Qual a necessidade de se descontrolar por algo que nem mesmo merece ser lembrado. Sentada nas poucas ramas de cipó que ainda existiam na rua ela buscava entender o que fazia daquela busca algo tão insensato, tão sem nexo, posto que não se visse sinal de lembranças. – Não importa, disse ela, com a certeza de se procurar alguma importância, não precisava saber, apenas sentia e isso já era o bastante. Como de relance sentiu algo passar do seu lado, se questionou se estava procurando alguém, mas com certeza não, uma pessoa deixaria lembranças tão significante que não poderiam ser esquecidas assim tão rápido. Novamente olhou, sentiu a sensação. – Sim estou procurando alguém, preciso apenas me lembrar de quem, se desconhecido ao menos alguma característica, cor dos olhos, formato do rosto, nada. Mais al